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Como formar o preço de exportação

Como formar o preço de exportação

A formação do preço de exportação é um dos passos mais importantes (se não for o mais importante) em um processo de exportação. Pela importância do tema, deveríamos encontrar mais fontes de informações, assim como ferramentas que auxiliassem nessa sistemática.

Normalmente o novo exportador é pego de surpresa quando tem que enviar uma proposta de exportação e é normal que algumas das situações abaixo aconteçam:

Demore para enviar o orçamento;
Envie o valor em reais;
Não sabe quais custos incidem na exportação;
Não tem a certeza quais impostos incidem na exportação;
Fica na dúvida, quais custos do mercado interno devem ser tirados do custo de exportação.
 

Com isso, não são raras vezes que o exportador não chega a enviar a proposta de preço, perdendo assim boas oportunidades de venda para o exterior.

Perguntas frequentes sobre a formação do preço de exportação

Para melhor entendimento do tema, colocamos as principais informações sobre a formação do preço de exportação em forma de perguntas e respostas.

A. Há um formato definido para o envio do preço de exportação ao potencial cliente no exterior?

Não, mas há um documento que traz as informações mínimas necessárias, chamado Pro-Forma Invoice. O modelo pode ser encontrado em nosso post « Fatura Proforma: Modelo e tudo que você precisa saber sobre esse documento de exportação e importação 

Fatura Proforma

https://ibsolutions.com.br/fatura-proforma-como-analisar/

B. Qual dólar devo usar?

O dólar a ser utilizado é o comercial e a cotação deve estar coerente com o momento de recebimento do pagamento do exterior. A questão é que ninguém consegue prever o valor que o dólar estará amanhã, imagina quando há um prazo maior. O que normalmente fazemos é colocar uma margem de R$ 0,15 a R$ 0,25. Assim, supondo que o dólar desse momento que você está lendo esse post esteja R$ 5,00, a conversão para dólar deverá ser de R$ 4,75 a R$ 4,85. Isso mesmo. Queremos receber a R$ 5,25, mas a conta tem que ser a inversa para que o resultado em dólar não seja inferior ao valor correto.

C. Quais custos do mercado interno devo excluir?

Basicamente os custos do mercado externo que devem ser excluídos são:

Todos os impostos incidentes na venda no mercado interno: IPI, PIS, COFINS e ICMS;
Lucro do mercado interno;
Despesas com propaganda;
Embalagem comercial e de transporte do mercado interno;
Comissão de vendas no mercado interno;
Despesas de distribuição no mercado interno;
Outras despesas que a exportação não se beneficia.
D. Quais custos devo incluir no valor de exportação?

De forma geral, os custos e despesas a serem incluídas na exportação são:

Frete Rodoviário da fábrica até o ponto de embarque (aeroporto, porto e ponto de fronteira);
Carregamento na fábrica, caso utilize de equipamentos alugados;
Seguro do transporte interno;
Despacho aduaneiro;
Taxa de expediente;
Capatazias/taxas portuárias;
Outras taxas BL como emissão e desconsolidação;
Certificado de origem;
Embalagem/fumigação;
Contrato de câmbio;
Envio de documentos originais para o cliente no exterior;
Frete internacional, normalmente representando aquele feito entre (aero) porto de origem a (aero) porto de destino;
Seguro internacional que difere do seguro do frete nacional (interno);
Outros, de acordo com a particularidade de cada processo de exportação.

Maiores erros na formação do preço de exportação

Ao longo dos últimos anos, deparamos com vários erros que reduzem margem de lucro, provocam atrasos e até mesmo podem chegar a cancelar os pedidos de exportação. Por isso, resolvemos compartilhar aqui para que você os evite.

1. Divisão do valor em reais da mercadoria no mercado interno pelo valor do dólar;
2. Utilização do dólar (na conversão de moeda) com valor superior, resultando em uma perda cambial;
3. Não inclusão de custos como despacho aduaneiro e capatazias (movimentação no porto) no valor FOB (mercadorias colocadas a bordo do navio);
4. Não consideração de custos menores como fechamento de câmbio, embalagem de transporte e emissão de Certificado de Origem;
5. Erro na hora de indicar a unidade de medida do produto e se há múltiplos na caixa comercial.

Ferramenta gratuita do Governo

Elaborado pela Secretaria de Comércio Exterior – SECEX, do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços – MDIC, o Simulador de Preço de Exportação visa auxiliar o empresário a calcular o preço do produto no mercado externo.

O simulador de preço de exportação é encontrado no seguinte site: http://simuladordepreco.mdic.gov.br/

A página inicial tem as informações abaixo:

Ferramenta Governo

Ferramenta Governo 2

Considerações importantes sobre o simulador do Governo

Ainda não foi atualizado com os Incoterms mais recentes que é a versão de 2020;
Não traz a indicação do que se refere cada despesa, dificultando um pouco o entendimento do exportador;
O exportador deverá ter as informações de forma antecipada, antes de ir para o simulador. O mesmo não traz referência de valores para cada despesa.

Toda e qualquer ação do Governo com relação à exportação tem que ser elogiada. Essa é uma delas, apesar de melhorias a serem realizadas.

A formação do preço de exportação e os Incoterms

Um conceito muito importante para a formação do preço de exportação é o Incoterms, ou seja, a definição do termo que define as responsabilidades do exportador e importador quanto aos custos do processo. No final o importador pagará todos os custos, mas trata-se sobre quais serão antecipados pelo exportador e cobrado nos documentos de exportação.

Essa definição é feita por meio dos Incoterms que será de livre combinação entre as partes. Os principais deles são:

EXW

O Incoterm Ex Works é aquele que traz menos responsabilidade ao exportador, pois a sua obrigação é produzir e tornar a mercadoria disponível para carregamento.

Por outro lado, o DDP denota responsabilidade total ao exportador, ou seja, este fica obrigado a entregar a mercadoria na empresa ou local designado pelo importador, inclusive tornando-se responsável pelo desembaraço aduaneiro no destino. Assim, temos os extremos da cadeia logística.

FOB/CFR/CIF

Depois do EXW, temos o FOB, CFR  e CIF no modal marítimo e FCA, CPT e CIP correspondente nos demais modais. Para melhor entendimento, encaixamos eles na cadeia de logística internacional abaixo.

Na prática, os Incoterms que devem ser utilizados na exportação brasileira são EXW ou FOB/FCA. Isso pelos simples motivos abaixo.

Foco no ganho do produto e não na logística, no caso do EXW;
Controle do desembaraço aduaneiro, no caso FOB/FCA, pois utilizará do despachante do exportador para entregar as mercadorias desembaraçadas no (aero) porto de origem;
Facilitação para carregamento na fábrica, no caso do FOB/FCA, por utilizar prestador de serviço homologado pelo exportador;
Maior controle de prazos e custos no Brasil até a chegada no (aero) porto de origem.
 
As despesas de Exportação do EXW ao DDP

As despesas de Exportação do EXW ao DDP

Abaixo, ampliamos um pouco o mais as despesas de exportação, buscando abraçar todas os possíveis valores que fazem parte de um processo de venda internacional. Para isso, dividimos os custos em 3 esferas, sendo:

1. Custos na origem (Brasil)
2. Custos Internacionais
3. Custos no destino (país do importador)

Custos na origem (Brasil)

Do EXW ao FOB

Embalagem (comercial e de transporte)

•         Frete Interno + Advalorem (transporte secundário até porto, aeroporto ou ponto de fronteira)

•         Desembaraço aduaneiro (Honorário + SDA + Taxa de expediente)

•         Inspeção pré-embarque (Vistoria)

•         Emissão de documentos (Visto consular, Certificado de Origem, FORM A e outros)

•         Estufagem do container

•         Fumigação

•         Capatazias (marítimo)

•         Emissão de conhecimento de embarque (AWB, BL, CRT e TIF)

•         Consolidação de carga no porto e aeroporto

•         Armazenagem (porto, aeroporto e ponto de fronteira)

•         Demais taxas portuárias e aeroportuárias

•         Envio de documentos

•         Confirmação de carta de crédito

•         Contrato de câmbio

•         Despesas bancárias

•         Movimentação

•         Gastos adicionais com matéria-prima e mão-de-obra

•         Remessa de amostras ao exterior

•         Assistência técnica

•         Imposto de exportação***

•         Comissão de agente

Do FOB ao CIF

•         Custos FOB

•         Frete Internacional

•         Seguro Internacional

Do CIF ao DDP

•         Frete Interno (transporte secundário do porto, aeroporto ou ponto de fronteira até local do importador)

•         Desembaraço aduaneiro

•         Desova do container

•         Handling (manuseio)

•         Armazenagem (porto, aeroporto e ponto de fronteira)

•         Demais taxas portuárias e aeroportuárias

•         Despesas bancárias

•         Movimentação

•         Imposto de importação

•         Demais impostos

•         Demais despesas

Modelo IBSolutions

Para facilitar o cálculo do preço de exportação, desenvolvemos a planilha abaixo que contempla a formação até o valor CIF (custo das mercadorias até o porto de destino).

Faça o download do documento abaixo.

Modelo da precificação

 

Dica do especialista: sempre conte com a ajuda de um profissional para a formação do preço de exportação. Quando estiver familiarizado com o conceito, fique à vontade para fazer um voo solo. Cada proposta deve trazer o “calor” do vendedor. Sempre deixe margens para a negociação, mas não inflacione demais o seu custo de exportação.

 

Local de Desembaraço Aduaneiro na Importação

 

Local de Desembaraço Aduaneiro na Importação

A decisão do local de desembaraço aduaneiro na importação deve envolver aspectos como segurança, prazo, custos e tipo de produto. A compreensão das opções de local de desembaraço aduaneiro é essencial para o bom desenvolvimento dos embarques de importação.

Podemos entender como funciona o local de desembaraço aduaneiro, o procedimento de liberação das mercadorias importadas e exportadas junto à autoridade fiscal no país de origem e destino.

Para melhor compreensão do tema, vale ressaltar que o território nacional (território aduaneiro), é formado de pelas Zonas Primárias e Secundárias. De acordo com o Regulamento Aduaneiro, entende-se como Zona Primária, os portos, aeroportos e pontos de fronteiras demarcadas pela autoridade aduaneira local e sob controle aduaneiro. São locais de entrada e saída de mercadorias e pessoas do território nacional. Por outro lado, Zona Secundária compreende a parte restante do território aduaneiro, nela incluídas as águas territoriais e o espaço aéreo (Portos Secos).

Como praxe, as importações brasileiras são desembaraçadas nas zonas primárias. Nesta opção logística deparamos com altos custos de armazenagem, burocracia, insegurança, inadequação de infra-estrutura, distância geográfica da empresa, além de dificuldades extras com autoridades fiscais.

Portos Secos

Portos secos fazem parte da chamada Zona Secundária, que compreende a parte restante do território aduaneiro, nela incluídas as águas territoriais e o espaço aéreo. Um dos principais motivos para o estabelecimento dos portos secos, como zona secundária, foi o de aliviar o excesso da concentração de cargas nas zonas primárias (portos, aeroportos e pontos de fronteiras demarcados pela autoridade aduaneira local).

O porto seco deve ser considerado no planejamento do processo de importação e exportação da empresa, dado que pode ser fator facilitador e agregar pontos positivos aos projetos, em termos financeiros, tributários e logísticos. Portanto, para a obtenção de melhores resultados e custo-benefício sobre os processos de importação ou exportação, os portos secos são estratégicos para a organização e gestão dos embarques de mercadorias.

Usualmente, os portos secos possuem conexões e relacionamentos estáveis com outros membros da cadeia logística, isto é, com as concessionárias ferroviárias, as transportadoras rodoviárias, transportadoras fluviais, armadores, os terminais e armazéns. A estrutura do porto seco também conta com a presença de fiscais dos órgãos governamentais, podem ser, por exemplo, até três fiscais fixos, que dão tratamento administrativo para as mercadorias. São fiscais representantes de órgãos como, por exemplo, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Agência Nacional de Vigilância Sanitária; Receita Federal; etc.

A presença constante dos mesmos fiscais e de outros agentes da cadeia logística proporciona a criação de um histórico de relacionamento, dando aos processos maior agilidade, constância e antecipação de informações.

Em relação aos benefícios tributários, em função da presença e envolvimento constante das mesmas pessoas nos processos porto seco, a condução dos regimes aduaneiros especiais pode ser facilitada e agilizada, levando em consideração a possibilidade de contato direto, assim como os agentes passam a ter o conhecimento específico sobre as características de cada projeto.

Assim, a estrutura física e os recursos humanos que os portos secos fornecem dão segurança e previsibilidade operacional aos processos de importação ou exportação. Sendo os seus principais benefícios:

  • Regimes aduaneiros com benefícios tributários
  • Agilidade no desembaraço
  • Infraestrutura diversificada
  • Localização estratégica para o local de desembaraço aduaneiro
  • Baixos custos de armazenagem

Além disso, os Portos Secos podem ser utilizados como:

  • Centro de distribuição na importação – emissão de notas fiscais de saídas para diversos cientes localizados em regiões diferentes a partir de uma única liberação;
  • Estoque de segurança (retiradas parciais com pagamento proporcional dos impostos);
  • Proteção contra alta do dólar – a liberação das mercadorias importadas é feita de acordo com o acompanhamento da variação da moeda estrangeira;
  • Extensão física da empresa – utilização do espaço físico do Porto Seco para manutenção de estoques na exportação e importação sem a necessidade de investimento em ativos por parte da empresa exportadora e importadora;
  • Início de trânsito na importação, cumprindo prazos de embarques (dead line documental e das mercadorias).

Principais serviços oferecidos nos Portos Secos

Constituem serviços conexos à movimentação e armazenagem de mercadorias:

I – estadia de veículos e unidades de carga;

II – pesagem;

III – limpeza e desinfectação de veículos;

IV – fornecimento de energia;

V – retirada de amostras;

VI – lonamento e deslonamento;

VII – colocação de lacres;

VIII – expurgo e reexpurgo;

IX – unitização e desunitização de cargas;

X – marcação, remarcação, numeração e renumeração de volumes, para efeito de identificação comercial;

XI – etiquetagem, marcação e colocação de selos fiscais em produtos importados, com vistas ao atendimento de exigências da legislação nacional ou do adquirente;

XII – etiquetagem e marcação de produtos destinados à exportação, visando sua adaptação a exigências do comprador;

XIII – consolidação e desconsolidação documental;

XIV – acondicionamento e reacondicionamento, apenas para fins de transporte; e

XV – outros serviços, inclusive os decorrentes das atividades de porto seco industrial.

Fonte: Instrução Receita Federal RFB Nº 1208, de 04 de novembro de 2011

Industrial Warehouse Interior

Benefícios do local de desembaraço aduaneiro em Zona Secundária – Importação

O principal motivo de criação dos Portos Secos ou Zonas Secundárias foi para “desafogar” portos, aeroportos e pontos de fronteira, criando alternativas mais interessantes ao exportador e importador em termos de custo e prazo de liberação. Entretanto, vale ressaltar que esta alternativa logística e de desembaraça é muito pouco utilizada pelos importadores e exportadores, por vários motivos. Ao longo do post falaremos mais sobre esse ponto.

Apesar de pouco divulgado, desembaraço em zona secundária pode trazer vários benefícios às empresas, conforme descrito abaixo.

  1. Agilidade no desembaraço

Pelo fato dos Portos Secos terem menor quantidade relativa de processos e menor burocracia, há uma possível agilidade na liberação das mercadorias. Normalmente, as cargas de exportação têm prioridade, sendo liberadas no mesmo dia que  entram no Porto Seco. Já as cargas de importação tem um prazo médio de 2 a 3 dias para serem liberadas, o que é bem rápido comparado a alguns portos e aeroportos.

  1. Otimização da logística, informações e documentos

Naturalmente há uma eficácia do fluxo de informações, cargas e documentos. Apesar de estarmos migrando cada vez mais para a apresentação eletrônica dos documentos, o fluxo de mercadorias, informações e documentos nos Portos Secos é facilitada.

  1. Melhor visualização dos custos

Normalmente nos Portos Secos há poucos tipos de custos, sendo principalmente: armazengem, movimentação, ova, desova e pesagem na entrada e saída dos veículos. Sendo assim, é possível fazer uma pré-visualização simples dos custos, projetando diversos cenários (quantidade de períodos que a carga ficará depositada no Porto Seco).

  1. Segurança da carga

A mercadoria importada e exportada conta com seguro que cobre  avaria ou perda que possa ocorrer dentro do Porto Seco. Além disso, as transportadoras também contam com seguro aduaneiro que garante a cobertura dos impostos suspensos quando a mercadoria é movimentada dos aero (portos) e pontos de fronteiras para o Porto Seco, no caso das importações.

  1. Garantia de prazos

Apesar de percebermos um aumento de morosidade nos últimos anos, ainda os Portos Secos oferecem um grande diferencial que é a agilidade do desembaraço aduaneiro de importação e exportação. Os demais serviços oferecidos pelos Portos Secos também apresentam prazos menores comparados com aero (portos) e pontos de fronteira.

  1. Estoque de segurança

Quando as mercadorias são levadas para Portos Secos, o importador pode utilizar o armazém como estoque de segurança, à medida que libera as cargas de acordo com a sua necessidade. Quando as mercadorias importadas estão no Porto Seco, tem os impostos suspensos, o que significa que pagará os mesmos somente quando fizer o registro da importação. Sendo assim, nos períodos de aumento de demanda, poderá ter um tempo de resposta rápido de atendimento ao mercado.

  1. Ganho financeiro

Uma das grandes vantagens de utilização do Porto Seco. O Governo possibilita que cargas de importação possam ser transportadoras de aero (portos) e pontos de fronteira até os Portos Secos, tendo todos os seus impostos suspensos. Dependendo do tipo de operação, o importador poderá se beneficiar dessa suspensão por até 2 anos.

Isso significa que o importador, não precisa necessariamente pagar todos os impostos no momento de chegada da mercadoria no Brasil, mas somente daquela parte que fará uso. Logicamente que haverá um custo com armazemagem, mas com uma pré-visualização desses custos, o importador poderá tomar a melhor decisão.

  1. Diminuição de riscos

Os Portos Secos contam com seguro aduaneiro, controle de entrada e saída de pessoas e mercadorias, além de monitoramento de riscos. Isso faz com que haja mais segurança na operação. Adicionalmente, há menor movimentação da carga, além da possibilidade do importador visitar sua mercadoria.

  1. Menor custo de armazenagem

Esse deveria ser o grande atrativo para a utilização de um Porto Seco, mas nem sempre o é. Custos adicionais como um transporte especial (que é necessário para cargas com suspensão de impostos), podem inviabilizar a operação. Nos Portos Secos, a tarifa média varia entre 0,15 e 0,30% a cada 10 dias, enquanto nos portos e aeroportos passam de 1% a cada 10 ou 15 dias. Para cargas com alto valor agregado como máquinas e eletrônicos, faz toda a diferença.

  1. Utilização de Regimes Aduaneiros Especiais

Nos Portos Secos é possível a utilização de vários Regimes Aduaneiros Especiais que foram criados pela Receita Federal, como Trânsito aduaneiro, Entreposto aduaneiro, Drawback, entre outros.

  1. Desembaraços parciais

Poucos importadores sabem é que é possível liberar apenas parte da mercadoria importada com pagamento proporcional dos impostos. Essa é uma das grandes vantagens dos Portos Secos. Sendo assim, por exemplo, se um importador traz um container com 20 tons de chapa de aço, pode liberar 50% no ato do descarregamento das mercadorias no Porto Seco e o restante quando achar mais adequado. O único custo adicional para o lote que permanece no Porto Seco será a armazenagem que vence a cada 10 dias.

  1. Não geração de custos extras

Uma vez que a mercadoria é descarregada no Porto Seco, o container já é devolvido ao porto, evitando assim custo com Demurrage. Adiconalmente, por ter uma tabela de mais fácil visualização, surpresas com custos “inventados” é bem mais raro.

Desvantagem no uso de Zona Secundária

Não há apenas vantagens na utilização de Porto Seco. Em alguns casos há desvantagens que devem ser consideradas antes de sua utilização.

  • Cobrança de dois fretes rodoviários, sendo o primeiro do aero (porto)/ponto de fronteira até o Porto Seco e depois do Porto Seco até o local do importador;
  • Cobrança de serviço adicional do despachante aduaneiro por registros como registro da DTA (trânsito aduaneiro) e entreposto Aduaneiro (DA).

Cálculo de Armazengem

Para fins de comparativo, abaixo trazemos um exemplo de um embarque de carga fracionada LCL, de acordo com a seguinte configuração:

Valor CIF: US$ 40.000,00

Cubagem: 5 M3

Peso bruto: 5 tons

Dólar: 5,00

Valores para liberação no Porto (Zona Primária)

Armazenagem% PeríodoValor MínimoTon.Maior (ton/m³)CIF
1º Período0,55%R$ 600,0055540.000,00
2º Período0,55%R$ 600,00SeguroPeríodoCIF RealTaxa
3º e Demais Períodos0,55%R$ 600,000,10%15 diasR$ 200.000,005
SERVIÇOCOMPARATIVO DE CUSTOSCom Impostos87,75%
Armaz. + Ad. Valorem (1º Per)R$ 1.100,00SeguroR$ 200,00R$ 1.481,48
Armaz. + Ad. Valorem (2º Per)   R$ 0,00
Armaz. + Ad. Valorem (3º Per)   R$ 0,00
Cadastro de BLR$ 0,00R$ 0,00
DesovaR$ 100,00R$ 113,96
Devolução de Contêiner VazioR$ 90,00R$ 102,56
Insp. de Madeira/T. FitossanitáriaR$ 66,50R$ 75,78
Inspeção Não Inv. de Cntr/ScannerR$ 173,00R$ 197,15
LimpezaRepasse 
Movimentação de CargaR$ 100,00R$ 113,96
Segregacao E Entrega PostergadaR$ 77,30R$ 88,09
Presença de CargaR$ 0,00R$ 0,00
Posicionamento para DesovaCobrado se utilizado 
Carregamento de SaídaR$ 220,00R$ 250,71
Abertura de Cntr para VistoriaR$ 0,00R$ 0,00
Taxa de Retirada/THCRepasse 
HandlingR$ 300,00R$ 341,88
Remoção do CostadoR$ 0,00R$ 0,00
PedágioR$ 49,00R$ 55,84
VALOR TOTAL COM IMPOSTOS2.821,42

Valores para liberação no Porto Seco (Zona Secundária)

 QuantidadeValorTotal
Armazenagem – períodos20,30%1.206,38
Movimentação1R$ 0,010,05
Ova1R$ 80,00200,00
Desova1R$ 80,00200,00
Pesagem4R$ 25,0050,00
Total  1.656,43

Observações importantes

  • Quanto maior a quantidade de períodos que a mercdoria ficar depositada, maior será a diferença entre os valores;
  • Para a visualização da viabildiade da operação, é necessário que importador leve em consideração outros custos, como transporte rodoviário de remoção da carga do porto até o Porto Seco, além de um possível custo adicional com despachante.

Ferramenta para cálculo de armazenagem

SAC Armazenagem

SAC Armazenagem, é o único Portal do segmento que reúne conteúdo sobre todos os modais: aéreo, marítimo, ferroviário e rodoviário, com seções de conteúdo e serviços para comercio exterior com diversas informações sobre portos, aeroportos, Porto Seco, Clia e demais segmentos.

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Acesse o site em SAC Aarmazenagem

Portos Secos em operação no Brasil

A Receita Federal disponibiliza uma lista de Portos Secos ativos por meio do link abaixo.

http://receita.economia.gov.br/orientacao/aduaneira/importacao-e-exportacao/recinto-alfandegados/portos-secos

RFUFCidadeUnidade de JurisdiçãoMunicípios Abrangidos                Administrador
DFBrasíliaALF/A. I. de BrasíliaBrasíliaLOGSERVE – Logística Armazenamento e Serviços Ltda
MSCorumbáIRF/CorumbáCorumbáAGESA – Armazéns Gerais Alfandegados de MS LTDA
GOAnápolisDRF/AnápolisAnápolisPorto Seco Centro-Oeste S.A
MTCuiabáDRF/CuiabáCuiabáTransmino Transportes Ltda
AMManausALF/Porto de ManausManausPorto Seco Graman – Aurora da Amazônia Terminais e Serviços Ltda
PABelémALF/Porto de BelémBelém e AnanindeuaPorto Seco – Metrobel  – Estaleiros Padre Julião Ltda
PEIpojucaALF/Porto de SuapeSuapeWilson Sons Logistica Ltda
PERecifeIRF/RecifeRecife, Abreu e Lima, Araçoiaba, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Igarassu, Ilha de Iramaracá, Ipojuca, Itapissuma, Jaboatão dos Guararapes, Moreno, Olinda, Paulista e São Lourenço da Mata.Yolanda Logística, Armazém, Transp. e Serviços Gerais Ltda
MGJuiz de ForaDRF/Juiz de ForaJuiz de ForaMultiterminais Alfandegados do Brasil Ltda
Uberaba DRF/UberabaUberabaPorto Seco do Triângulo Ltda
RJMesquitaDRF/Nova Iguaçu Transportes Marítimos e Multimodais São Geraldo Ltda
ResendeDRF/Volta Redonda Terminal Logístico do Vale do Paraíba
SPBarueriALF/São PauloBarueri/SPMultilog Barueri
SP GuarulhosALF/São Paulo GuarulhosDry Port São Paulo S/A
 SP Guarulhos ALF/São PauloGuarulhosTrasquadros Armazéns Alfandegados S/A
SPSão Bernardo do CampoALF/São PauloSão Bernardo do Campo/SPAGESBEC – Armazéns Gerais e Entrepostos São Bernardo do Campo S.A
SPSão Bernardo do CampoALF/São PauloSão Bernardo do Campo/SPLachmann Terminais Ltda
SPSão PauloALF/São PauloSão PauloCNAGA – Cia. Nacional de Armazéns Gerais Alfandegados
SPBauruDRF/BauruMunicípios localizados na jurisdição da DRF/BauruBrado Logística S/A
SPRibeirão PretoDRF/Ribeirão PretoMunicípios localizados na jurisdição da DFR/Ribeirão PretoRodrimar S/A Transportes, Equipamentos Industriais e Armazéns Gerais
SPSão José do Rio PretoDRF/São José do Rio PretoMunicípios localizados na jurisdição da DRF/São José do Rio PretoAutomotive Distribuição e Logística Ltda
SPSão SebastiãoIRF/São Sebastião CNAGA – Cia. Nacional de Armazéns Gerais Alfandegados
SPSorocabaDRF/SorocabaMunicípios localizados na jurisdição da DRF/SorocabaAurora Terminais e Serviços Ltda
SPTaubatéDRF/TaubatéMunicípios localizados na jurisdição da DRF/TaubatéEADI Taubaté Ltda
PRCascavelDRF/CascavelCascavelCODAPAR – Cia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná
PRFoz do IguaçuDRF/Foz do IguaçuFoz do IguaçuMultilog Sul Armazens Gerais Ltda
PRCuritibaALF/CuritibaRegião Metropolitana de CuritibaMultilog Sul Armazens Gerais Ltda
SCItajaíALF/Porto de ItajaíItajaíBrasfrigo S/A
SCSão Francisco do SulALF/Porto de São Francisco do SulSão Francisco do SulPorto Seco Rocha Terminais de Cargas Ltda
10ªRSCaxias do SulDRF/Caxias do Sul EADI – Porto Seco Transportes Ltda
RSNovo HamburgoDRF/Novo Hamburgo Multi Armazéns Ltda
RSUruguaianaDRF/UruguaianaUruguaianaElog Logística Sul Ltda
RSJaguarãoIRF/JaguarãoJaguarãoElog Logística Sul Ltda
RSCanoasIRF/Porto AlegrePorto Alegre, Canoas, Cachoeirinha, Gravataí, Eldorado do Sul, Guaíba e ViamãoBanrisul Armazéns Gerais S.A
RSSantana do LivramentoIRF/Santana do LivramentoSantana do LivramentoElog Logística sul Ltda
PORTOS SECOS FERROVIÁRIOS
10ªUFCidadeUnidade de Jurisdição Municípios AbrangidosAdministrador
RSSantana do LivramentoIRF/Santana do LivramentoSantana do LivramentoALL – AMÉRICA LATINA LOGÍSTICA DO BRASIL S.A
UruguaianaDRF/UruguaianaUruguaianaALL – AMÉRICA LATINA LOGÍSTICA DO BRASIL S.A

Legislação Base

Instrução Normativa RFB Nº 1208, de 04 de novembro de 2011

Estabelece termos e condições para instalação e funcionamento de portos secos e dá outras providências.

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