Maiores obstáculos na exportação e de que forma os driblar

A exportação traz vantagens não somente para as empresas, mas também para o governo e a sociedade na totalidade, pois gera renda e emprego, aumentando as riquezas do país. Entretanto, o caminho para o sucesso na exportação é longo e cheio de desafios.

Normalmente o resultado com a exportação vem a médio e longo prazo. É necessário enxergar o processo de exportação como um investimento e ter muita persistência.

Vários serão os desafios não somente para os novos exportadores, mas também para as empresas que já atuam nos mercados externos e que pretendem abrir novas frentes de exportação.

Nesse post listamos alguns dos maiores obstáculos na exportação que temos vivenciado nos últimos anos e também dicas para passar por eles.

Maiores obstáculos na exportação

1. Burocracia;
2. Falta de informação;
3. Necessidade de habilitação prévia para a exportação;
4. Diferença de idioma e de cultura;
5. Distância geográfica dos mercados compradores;
6. Desconhecimentos dos procedimentos de exportação;
7. Retorno a médio e longo prazo;
8. Gargalo logístico;
9. Carga tributária;
10. Adaptação de produtos e embalagens;
11. Variação da moeda;
12. Nível tecnológico;
13. Falta de incentivos e financiamentos;
14. Custos elevados com a promoção do produto objeto de exportação;
15. Obtenção de informações precisas e confiáveis;
16. Capacidade produtiva;
17. Excessiva concorrência e protecionismo no país do importador;
18. Custos da exportação;
19. Dificuldade na contratação de representantes no mercado externo;
20. Dificuldades na promoção comercial e no acesso aos meios de comunicação.

1) Burocracia

 Exportar é burocrático e envolve vários documentos e procedimentos.

• Forma de driblar: Acesso às informações, planejamento e conhecimento técnico do processo de exportação (a empresa deve sempre contar com um profissional da área).

2) Falta de informação sobre como exportar

• Forma de driblar: Contar com o trabalho de um profissional ou empresa especializada. Há também programas do governo e ações que visam levar informações até o potencial exportador.

3) Necessidade de habilitação prévia para a exportação (Radar – solicitado junto à Receita Federal)

• Forma de driblar: Caso a empresa exportadora não esteja habilitada no Radar, poderá utilizar uma Trading Company ou Comercial Exportadora que mediante uma comissão poderá fazer a exportação do produto.

4) Diferença de idioma e de cultura

• Forma de driblar: Buscar informações nas Câmaras de Comércio, Embaixadas e Consulados. Contar com profissionais que dominem o idioma do país comprador.

5) Distância geográfica dos mercados compradores

• Forma de driblar: No mundo globalizado as distâncias geográficas não são mais barreiras para que novos negócios sejam gerados. A comunicação por e-mail, Skype e outros aplicativos facilita as trocas comerciais.

6) Desconhecimentos dos procedimentos de exportação

• Forma de driblar: Buscar informações nos órgãos locais como Sebrae ou contar com o trabalho de um profissional, ou empresa especializada. Comparado à importação, a exportação é simples em termos documental e de procedimentos. Uma vez que a empresa consiga desenhar o processo de exportação, a atuação nas negociações do dia-a-dia ocorrerá de forma mais natural.

7) Retorno a médio e longo prazo

• Forma de driblar: A empresa poderá buscar fontes de financiamento de exportação como ACC e ACE que antecipam valores de futuras exportações. Esta é uma forma de capitalizar a empresa para poder produzir e exportar.

8) Gargalo logístico

Dificuldades de escoamento dos produtos exportados devido aos gargalos dos portos e aeroportos também é um dos maiores obstáculos na exportação.

• Forma de driblar: O exportador poderá fazer a liberação das mercadorias em armazéns da Receita Federal localizado fora da área de portos e aeroportos, os chamados Portos Secos. A operação ganhará em agilidade e segurança. Quando a carga chegar ao porto ou aeroporto, praticamente estará pronta para embarque, sem que haja necessidade de aguardar maiores formalidades.

9) Carga tributária

• Forma de driblar: O exportador poderá adquirir matéria-prima e bens intermediários no exterior e até mesmo no mercado interno livre de impostos, desde que o produto seja exportado. Esta ferramenta é conhecida como drawback e ainda é pouco utilizada pelos exportadores.

10) Adaptação de produtos e embalagens

• Forma de driblar: Alguns produtos, dependendo do mercado, podem necessitar de adaptação para serem exportados em vista de diferenças culturais ou regulamentações e licenças do país importador. Estas adequações podem gerar custos extras no início do processo, porém devem ser encarados pela empresa como um investimento. Em muitas situações as mudanças solicitadas por mercados externos (que possuem padrões de consumo mais exigentes) poderão ser estendidas para os clientes do mercado interno. Isto criará mais valor ao produto e por consequência à marca da empresa.

11) Variação da moeda

• Forma de driblar: No momento de formação do preço de exportação, a empresa deverá simular vários cenários com diferentes cotações de moeda. Deverá prever até que ponto é interessante exportar. A importação também poderá ser uma ferramenta utilizada para a redução do custo, pois quando a cotação da moeda estiver desfavorável para a exportação, estará favorável para a importação, possibilitando redução de custo do produto a ser exportado. O exportador poderá também definir uma taxa de dólar para futuros recebimentos, fazendo uma proteção cambial junto ao banco de sua confiança.

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12) Nível tecnológico insuficiente para o desenvolvimento de produtos que possam competir com os produtos concorrentes

• Forma de driblar: Desenvolver produtos com atributos regionais e que sejam valorizados por terceiros países.

13) Falta de incentivos e financiamentos por parte do Governo

• Forma de driblar: exportação através de drawback que permite que a empresa exporte produtos com matérias-primas importadas sem o pagamento de impostos no momento da entrada no país.

14) Custos elevados com a promoção do produto objeto de exportação

• Forma de driblar: buscar caminhos alternativos como utilização do site institucional da empresa como plataforma de exportação.

15) Obtenção de informações precisas e confiáveis que reflita uma boa oportunidade de negócio

• Forma de driblar: contar com a ajuda de empresas e profissionais que atuam no ramo e que já tenham conhecimento das fontes de informações confiáveis.

16) Capacidade produtiva insuficiente para atender a demanda externa

• Forma de driblar: negociar prazos com os clientes e dedicar uma parte da produção para atendimento da exportação. Investir em máquinas e equipamentos com incentivos como Ex-tarifário que reduz o imposto de importação de 14% para 2% desde que não haja produção nacional da máquina e equipamento.

17) Excessiva concorrência e protecionismo no país do importador

• Forma de driblar: buscar nichos de mercados e apoio de importador que tenha pleno conhecimento do trâmite no país de destino

18) Custos da exportação, tais como: desembaraço aduaneiro, seguro, transporte, fumigação etc.

• Forma de driblar: contar com a ajuda de um profissional que entenda perfeitamente a sistemática da formação de preço de exportação. Solicitar orçamentos que detalham os custos envolvidos em cada etapa da exportação.

19) Dificuldade na contratação de representantes no mercado externo

• Forma de driblar: buscar caminhos alternativos como contato através de órgãos governamentais e consulta a banco de dados de importadores ativos. Participar de missões comerciais e rodadas de negócios internacionais.

20) Dificuldades na promoção comercial e no acesso aos meios de comunicação

• Forma de driblar: utilizar o site institucional da empresa como plataforma de exportação. Pode ser uma ferramenta eficaz e com um excelente custo x benefício.

Dica do especialista: A melhor forma de vencer e prosperar na exportação é planejar, errar cedo e mirar longe. Persista e invista em informações e conhecimento.