Decisões de Estoque na Importação

Decisões de estoque na importação

Conforme o Portal Administradores, os estoques são materiais e suprimentos que uma empresa utiliza para a produção de seu produto ou suprimir a necessidade da própria empresa. Nos estoques muitas vezes é possível encontrar matérias-primas, suprimentos, componentes, materiais em processo ou produtos acabados, que geralmente é sempre feito a rigor um controle, tanto de processo como de disponibilidade dos itens. É sempre importante para uma empresa manter seus estoques abastecidos, muitas vezes, são constituídos por seus próprios produtos. Com isso, a área de estoques sempre vai ser uma local de grande atenção da empresa, pois é onde está concentrada a maior parte do capital da empresa.

Equilibrar o estoque com custos e atendimento da demanda dos clientes nem sempre é fácil. A empresa pode usar o histórico de venda e até projeções para tentar prever a demanda, mas nem sempre será tão assertiva nesse movimento.

Fonte: Portal Administradores

Nesse post falaremos sobre:

  • Estoque e os demais fatores;
  • Função do estoque;
  • Gestão de estoque;
  • Decisões de estoque na importação;
  • Diferenças entre mercado interno e mercado externo;
  • Benefícios para a tomada de decisão eficiente de estoque na importação
  • Ferramentas logísticas na importação;
  • Dicas para a melhor gestão de estoque na importação.

 

Decisões de Estoque na Importação (1)

Estoque e os demais fatores

A empresa precisa equilibrar o estoque considerando os seguintes fatores:

  • Variação de demanda dos clientes ao longo do ano;
  • Espaço físico disponível;
  • Custo de capital – custo de se manter o estoque em detrimento de outras operações financeiras;
  • Custo com mudança de projetos tornando o estoque obsoleto;
  • Custo com transporte com o impacto na movimentação de estoque (compra) pequena;
  • Custo com o pedido de compra que também está ligado à quantidade de estoque (compra) movimentada.

Função do estoque na importação

A principal função dos estoques é maximizar as vendas, aperfeiçoar o planejamento e controle de produção, quanto maior o investimento, maior será o comprometimento e responsabilidade de cada departamento. Minimizar perdas e custos, otimizar investimentos, reduzindo as necessidades de capital investido. (DIAS, 2010)

Gestão de estoque

O estoque tem um papel importante para o sucesso do negócio e é essencial estar atento às suas mercadorias, para descobrir se haverá uma queda no giro do estoque e qual será o comportamento de compra de seus clientes, para adaptar sua empresa aos novos hábitos de compras das pessoas.

Uma boa gestão de estoque passa por equilibrar compras, armazenagem e entregas, controlando as entradas e o consumo de materiais, movimentando o ciclo da mercadoria. Além disso, deve ter como objetivo um prazo de pagamento dos fornecedores compatível com os recebimentos dos clientes.

Gestão eficiente de estoque na importação

Confira dicas para administrar bem seu estoque.

Conte com um processo de recebimento onde se checa se o pedido foi entregue ou se falta algum item.

Realize inventários periódicos para confirmar se a quantidade de produtos registrada no sistema coincide com o estoque.

Diariamente, faça uma verificação do estoque por amostragem de alguns itens. Isso aumenta as chances de serem encontrados e solucionados problemas com maior velocidade.

A partir do conhecimento sobre a necessidade da empresa, busque fornecedores que permitam compatibilizar as quantidades de produtos e os prazos de pagamento com seu giro de estoque e com seu fluxo de caixa.

Manter parceria com um bom distribuidor permitirá fazer compras menores e manter o estoque enxuto. Tenha também outros fornecedores no radar para não criar uma relação de dependência e exigência de compra que não respeite a sua realidade.

Fonte: Sebrae

Diferenças entre mercado interno e mercado externo

Nesse ponto é importante destacar as grandes diferenças entre compras no mercado interno e compras no mercado externo (importação) para que as decisões sejam mais assertivas.

  1. Tempo do processo – prazos mais longos na importação, principalmente devido à distância entre os países;
  2. Custos fixos e mínimos – na importação há muitos custos fixos e mínimos que impactam diretamente na quantidade a ser importada, diferente do mercado interno que permite a compra de lotes menores por envolver basicamente o custo com transporte;
  3. Tempo de resposta para aumento de demandas – normalmente a importação leva um tempo maior para responder ao aumento de demandas. Por isso é recomendável a manutenção de nível de estoque superior ao praticado na compra do mercado interno;
  4. Documentação – basicamente no mercado interno há o pedido de compra e a nota fiscal. Já na importação, há vários outros documentos envolvidos, ou seja, é um processo mais complexo em termos documentais;
  5. Envolvimento de elos logísticos – no mercado interno, normalmente a compra é feita diretamente com a fábrica ou representantes, indo à mercadoria diretamente para o cliente (importador). Já na importação há o envolvimento de vários elos logísticos, desde a origem até a chegada da mercadoria no local do importador;
  6. Fluxo de informações – por ter mais elos e mais documentações, a importação acaba por demandar um maior fluxo de informação;
  7. Moeda – no mercado interno como praxe as compras são feitas em reais. Já na importação utiliza-se uma moeda conversível como dólar e euro. Sendo assim, sempre haverá incertezas sobre o verdadeiro custo da importação, pois as moedas variam a cada dia.

Há vários outros pontos como diferença cultural, de idioma, de negociação entre outras.

Decisões de estoque na importação (2)

Decisões de estoque na importação

As decisões de estoque na importação baseiam-se no tipo de produto, perfil de cada fornecedor, tratamento administrativa na importação (procedimento de liberação na Receita Federal e demais órgãos), custos fixos e mínimos, investimento total, entre outros aspectos. 

Tais decisões permitem também determinar o equilíbrio entre modais de transporte mais rápidos e menores custos de estoque em trânsito ou modais de transporte mais lentos e maiores custos de mercadoria em trânsito.

  • Tipo de produto;
  • Perfil de cada fornecedor;
  • Tratamento administrativo;
  • Custos mínimos e fixos;
  • Capital financeiro – investimento total na importação;
  • Tipo de modal.

As decisões que envolvem estoque estão diretamente relacionadas às questões estratégicas da empresa. Sendo assim, são de alto risco e alto impacto do ponto de vista logístico. Se por um lado, níveis baixos de estoque podem se traduzir em perda de vendas e declínio da satisfação dos clientes, por atrasos na produção, por outro lado altos níveis de estoque também geram problemas, como aumento de custos e redução da lucratividade, em função de maiores períodos de armazenagem, imobilização de capital de giro, deterioração, custos de seguro e obsolescência.

Uma análise logística deve encontrar o trade off ótimo entre o custo de armazenagem e distribuição. O uso de armazéns de terceiro traz alguns benéficos como: conservação do capital; capacidade de aumento do espaço físico para atendimento de picos de produção; menor risco; economias de escala; flexibilidade; vantagens fiscais; seguro da carga; conhecimento dos custos de armazenagem e movimentação; e minimização de causas trabalhistas.

Benefícios para a tomada de decisão eficiente de estoque na importação

As decisões de estoque na importação são motivadas pelos seguintes benefícios:

  • Possibilidades de economias de escala – Descontos para lotes de compras maiores e diluição de custos fixos;
  • Proteção para incertezas – Dificuldades de fornecimento; aumento de lead-times e variação cambial. Evita-se que problemas inesperados na produção ou em algum fornecedor interrompam as atividades sucessivas de atendimento da demanda;
  • Equilíbrio entre oferta e demanda – Respostas rápidas à variação da demanda;
  • Compras de oportunidade – Compra de lotes promocionais.

A partir da análise dos prós e contras de manter estoques e dos riscos e impactos envolvidos, deve-se optar por uma análise de custo total, buscando minimizar simultaneamente os custos de falta e excesso de estoque, sendo o maior desafio reduzir os estoques sem prejudicar o nível de serviço.

Ferramentas logísticas na importação

Ferramentas logísticas na importação

A importação oferecer ao gestor de estoque ferramentas tanto na origem quanto no destino para um melhor equilíbrio das mercadorias importadas. Abaixo citamos algumas dessas ferramentas.

Ferramentas na origem

  • Consolidação de carga – embarque de mais de um fornecedor ou produto, diminuindo assim a quantidade embarcada por item;
  • Carga carona – embarque do lote importado com outros importadores. Operação diferente da consolidação, pois somente definirá o importador na chegada da mercadoria no Brasil;
  • Mescla de portfólio de produtos embarcados – busca de uma melhor relação de valor agregado dos produtos para a diluição de custos fixos e mínimos na importação;
  • Estudo do lote econômico – lote econômico é a quantidade que traz o melhor nível entre investimento financeiro e quantidade embarcada.

Ferramentas no destino

  • Porto Seco (Eadi) – utilização de Porto Seco que são armazéns da Receita Federal longe dos (aero) portos e pontos de fronteira. Esses armazéns podem ser usados como estoque de segurança, além de armazém de distribuição, estando localizados mais próximos dos clientes. No período que a mercadoria ficar no Porto Seco, os impostos incidentes na importação estarão suspensos.

Dicas para a melhor gestão de estoque na importação

Ao longo desses vários anos na frente das importações de nossos clientes, já vivemos várias situações que impactaram de forma positiva ou negativa as empresas. Sendo assim, compartilhamos abaixo algumas dicas para melhor gestão do estoque na importação.

  1. Planeje, planeje e planeje – antecipe as informações. Não aguarde a informação chegar até você. Na importação já pode ser tarde demais;
  2. Faça cenários de custo de importação – é extremamente importante que o importador visualize os diferentes cenários de custo de importação, principalmente baseado na variação da quantidade embarcada;
  3. Posicione-se – o profissional envolvido na importação deverá ter uma postura ativa e de tomador de decisões, pois assim é a importação – decisões sendo tomadas a todo momento;
  4. Estoque alto nem sempre é sinônimo de custo maior – em muitos casos trazer um estoque importado maior nem sempre significará em um custo de estoque maior. Veja o cenário de uma forma mais macro. A partir do estudo de cenários de custo de importação, ficará fácil “defender” a manutenção de estoques maiores, principalmente pelo fato da diluição de custos mínimos e fixos na importação;
  5. Trabalhe com diferentes cenários – não fique amarrado a padrões anteriormente estabelecidos. Permita-se a validar novas configurações de carga, assim como as ferramentas logísticas na origem e destino;
  6. Tome a frente no processo de tomada de decisões – não terceirize essa atividade. Traga outros departamentos para o processo, como PCP, compras e diretoria, mas seja o ator principal na tomada de decisões na importação.

Esperamos que os pontos discutidos ajudem a melhorar a gestão de estoques de produtos importados na sua empresa.

Estamos em um momento onde os importadores e as empresas que ainda não importam, desejam a manutenção de níveis de estoque menores juntamente com uma melhor gestão financeira. Por isso, esse assunto tem se tornado cada vez mais relevante dentro das organizações.

Olhe a importação como uma ferramenta estratégica. Assuma os riscos, busque informação, tome decisão e esteja sempre à frente da concorrência.

Questione, aja e conquiste.

 

Impostos incidentes na importação

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