A importação pode ser vista com um olhar pessimista, quando pensamos em valores antecipados, longos prazos e burocracia ou com um olhar otimista quando enxergamos a importação como oportunidade de crescimento e diferenciação da empresa no mercado.
De forma geral, comparado às operações de compra no mercado interno, podemos dizer que a importação demanda:
Em um processo de importação, a metodologia PDCA (Planejar, fazer, checar e agir) está fortemente presente.
Nesse material, daremos atenção especial aos pagamentos na importação.
As modalidades de pagamento na importação são:
Os tipos de cobrança na importação são:
Os pagamentos internacionais são feitos como no mercado interno, por meio de uma remessa financeira, quando o importador solicita uma ordem de pagamento ao exportador, localizado no exterior.
Entretanto, há a particularidade da utilização de um banco ou casa de câmbio que possa operar com câmbio que é o instrumento de formalização da remessa do pagamento.
A moeda utilizada internamente é o real, levando em consideração o montante total em moeda estrangeira, ou seja, o importador paga o banco no Brasil em reais e esse transforma o valor na moeda da negociação e envia ao exportador.
O pagamento ao fornecedor é referente ao valor das mercadorias, representado pelo valor EXW, ou seja, mercadorias na fábrica do fornecedor.
Os pagamentos podem ser feitos por:
O importador terá que habilitar a conta já existente no mercado interno ao pagamento de fornecedor no exterior ou abrir nova conta em um outro Banco ou Casa de Câmbio.
As seguintes despesas são geradas com o pagamento aos fornecedores:
Esses valores são livremente negociados entre o importador e o Banco e Casa de Câmbio.
Observação: não há custo para abertura de nova conta no Banco ou Casa de Câmbio.
Dica: normalmente, os fechamentos de pagamento ao fornecedor realizados nos gerenciados financeiros dos bancos, trazem uma melhor taxa da moeda e menor custo com o contrato de câmbio.
A importação é um grande arrecadador para o Governo brasileiro. Diferente da exportação que não tem nenhum imposto na saída, a importação tem os mesmos impostos do mercado interno com a adição do imposto de importação.
Na importação temos os seguintes impostos:
A arrecadação dos primeiros impostos (com exceção do ICMS) é feito por meio da DI/DUIMP – Declaração de Importação, por meio do Sistema da Receita Federal, chamado Siscomex, no momento que a importação é registrada.
Por sua vez, o ICMS é recolhido por meio de guia DARE – Documento de Arrecadação de Receitas Estaduais.
Dica: Como a base de pagamento dos impostos na importação é o valor das mercadorias na origem mais frete e seguro internacional, representado em moeda estrangeira, é importante que o importador acompanhe a variação da moeda estrangeira para fazer o pagamento dos impostos no melhor momento. Como regra, a taxa de moeda estrangeira para registro da DI/DUIMP, é a de fechamento do dia útil anterior. Sendo assim, o importador consegue já saber no dia posterior, qual será a taxa de pagamento dos impostos para aquele dia.
As despesas aduaneiras na importação compreendem:
As principais despesas de uma importação são:
Em uma importação há custos logísticos na origem, na viagem internacional e no destino.
Os principais custos logísticos na importação são:
Origem
Viagem internacional
Destino
Há três momentos mais importantes no pagamento dos custos logísticos na importação, sendo:
Dica: sempre peça ao prestador de serviço (despachante, agente de carga ou empresa de consultoria, uma projeção de custos de importação. Negocie valores e peça os custos de forma detalhada para melhor controle e comparação.
Além do pagamento ao fornecedor, impostos e custos logísticos, há outros valores que gerados ao longo de um processo de importação.
Entre esses outros pagamentos, destacamos:
A maioria dessas despesas não é comum em um processo de importação. Nenhum importador espera ter custos adicionais como demurrage e multas.
Outras ocorrem em casos específicos como em importações que demandam financiamento (Finimp) e Carta de Crédito.
Em um processo de importação há despesas em moeda estrangeira (dólar, euro, libra esterlina e outras) e um moeda nacional.
Atenção especial tem que ser dada às despesas em moeda estrangeira, pois para o pagamento de todo e qualquer valor na importação, haverá uma conversão para a moeda nacional.
Dentro dessa dinâmica, destacamos os principais momentos e taxas utilizadas para o pagamento das despesas de uma importação:
Perguntas Frequentes
É possível pagar o fornecedor em espécie?
Não. É preciso que o valor seja movimentado por Banco ou Casa de Câmbio para formalizar a operação.
É possível negociar a taxa de moeda estrangeira para pagamento dos impostos?
Não. A taxa é definida pelo Banco Central e não há negociação.
É possível antecipar o pagamento dos impostos para aproveitar uma melhor taxa de moeda estrangeira?
Não. Somente poderá ser registrada uma importação, depois da mercadoria chegar no armazém de destino e estar disponível no sistema da Receita Federal.
Sugerimos sempre a utilização de uma faixa de segurança em moeda estrangeira. Assim, é recomendável que o importador considere de R$ 0,15 a R$ 0,25 a mais que a taxa vigente no momento da simulação para fins de visualização do custo de importação.
Dicas Importantes
Dada a importância do tema, resolvemos compartilhar algumas dicas importantes para a melhor gestão dos pagamentos na importação.
O que temos feito por nossos clientes na gestão financeira da importação
Nos tempos atuais, o planejamento e gestão financeiro de uma importação é uma ferramenta estratégica.
As principais ferramentas e ações que temos tido para a melhor gestão dos processos de importação de nossos clientes são:
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